Por que as atualizações do Android são tão demoradas?

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30/03/2013, 03:18:11 via Web





Se há uma reclamação muito mais comum entre usuários de Android do que de outras plataformas, é a demora para que as atualizações de software cheguem em seus aparelhos. Isso se elas chegarem um dia. É especialmente difícil para entusiastas de tecnologia que leem sobre as vantagens da atualização, mas não podem usá-las em seus dispositivos por seis meses. Mesmo novos dispositivos às vezes não acompanham a versão mais recente do Android.

Isso acontece há anos. Então o que diabos acontece? Por que o problema não foi consertado? E de quem é a culpa? Perguntamos a fabricantes, operadoras e ao Google em busca de respostas. E encontramos uma grande confusão.

O que acontece em uma atualização?

Quando o Google lança uma nova versão do software do Android acontecem, essencialmente, três passos que devem ser tomados antes da atualização chegar ao seu telefone. Primeiro, fabricantes de chips precisam criar novos “ganchos”, ou códigos que permitem que o sistema operacional se comunique (e controle) os componentes do hardware. Como existem diferentes fabricantes de processadores no ecossistema de dispositivos de Android (Qualcomm, Texas Instruments, Nvidia e Samsung, entre outros), e cada empresa cria diferentes chips (a Qualcomm, por exemplo, tem o Snapdragon S3, S4, S4 Pro e outros), cada uma leva um tempo diferente para desenvolvimento. Normalmente, no entanto, fabricantes de chips conseguem entregar os códigos em um ou dois meses.
Então o software é levado para os fabricantes de hardware. Como cada dispositivo é desenvolvido com diferentes componentes, o novo software precisa ser adaptado para cada smartphone ou tablet. Em outras palavras, a Samsung não pode simplesmente aplicar a sua interface TouchWiz no Jelly Bean e então liberar para todos os seus dispositivos. Além disso, cada operadora tem sua própria lista de exigências de softwares. Isso pode incluir funcionalidades básicas, assim como apps específicos de operadoras (os chamados ‘bloatwares’). Isso sem contar qualquer customização que as fabricantes fazem nas suas próprias interfaces. De acordo com Nick DiCarlo, da Samsung, são necessárias entre seis e oito semanas, em média, para a empresa preparar a atualização do sistema que chega do Google para enviá-la para operadoras. Pequenas correções de bugs são mais rápidas. Atualizações maiores podem demorar ainda mais.
As interfaces de fabricantes (“skins”) são normalmente consideradas as principais culpadas, mais do que qualquer outra coisa, pela demora nas atualizações, e é fácil entender o motivo. Afinal, elas são bem visíveis, e parecem ser a única mudança em relação a um smartphone Nexus, que normalmente é lançado com a versão mais recente do Android. Mas muito do trabalho está em adaptar o software aos componentes de hardware. “Não é simples assim, não é que se não fizéssemos a customização seria só baixar a ROM do Google. Isso não funcionaria”, diz Drew Bamford, da HTC. “Então, mesmo que não mudássemos nada, não tenho certeza de que o processo seria muito mais rápido, para ser sincero.”

Se não são as skins, o que causa o atraso? Não olhe para as fabricantes.

A grande barreira

Bem vindo ao maravilhoso mundo dos testes de operadoras. As telecom precisam não apenas testar todo aparelho que planejam vender, mas também todas as atualizações de software em todos os aparelhos que já estão vendendo. Em outras palavras, precisam ter certeza de que os smartphones funcionarão em sua rede como anunciam. O quão difícil é isso? Assustadoramente difícil.

“Eles têm recursos, pessoas, tempo e equipamentos limitados”, diz DiCarlo, da Samsung. “O âmbito dos testes para eles é amplo, com as redes mais complexas com CDMA, GSM, LTE, bandas múltiplas, entrando no VoLTE ano que vem, diferentes regiões da rede com diferentes provedores, então eles precisam testar em todas as regiões. O teste de rede é extraordinariamente complexo.”
Cada operadora tem uma equipe de validação. Eles fazem tudo, de testes de hardware a testes de benchmark e métricas de usabilidade. Eles colocam o software em cenários automatizados para ver se encontram lentidão em alguma coisa. Quando finalmente recebem um TA (Aceitação Técnica), precisam ter certeza de que mantém os próprios padrões. “Nós tentamos fazer planos de capacitação”, diz Jason Young, da T-Mobile. “Olhamos para frente e definimos datas de testes para dispositivos com 6 a 12 meses de antecedência. Então trabalhamos retroativamente a partir daí”. Quando querem antecipar muitas atualizações de dispositivos próximas uma das outras eles perguntam: “Qual dispositivo é mais importante para nós levarmos ao mercado?”. Esta priorização é um assunto delicado. De acordo com DiCarlo:
“Se você é uma operadora e oferece 30 a 40 aparelhos de uma vez – e do ponto de vista deles estão dando suporte a uma centenas de telefones, já que estamos falando de contratos de dois anos ao longo de muitos anos, certo? – eles querem gastar tempo testando a belezinha mais recente que chega no começo do próximo trimestre, ou uma atualização de sistema para um aparelho de dois anos atrás?”
Isso é básico. As operadoras, apesar de tudo, estão no negócio de vender novos dispositivos para manter usuários presos a seus serviços. Para os dispositivos vendidos, faz sentido que foquem nos mais populares em primeiro para deixar mais pessoas felizes com menos esforço. É economia simples. Então quanto tempo isso leva?

“Posso dizer para você que quando lançamos novos produtos para as operadoras, nós testamos em nossos laboratórios por seis meses antes de oferecê-las”, diz Bamford, da HTC. “Pode demorar muito tempo.” Young, da T-Mobile, confirmou que normalmente três a seis meses é o tempo que leva entre eles receberem o novo software e o disponibilizarem. Uma simples soma, então, e você tem pelo menos nove meses até um novo software chegar ao seus dispositivo — isso se fabricantes e operadoras concordarem que vale a pena usar tempo e recursos para atualizá-lo.

Mas a Apple é bem mais rápida!

Esta é uma das grandes ilusões da tecnologia. A Apple anuncia a versão mais recente do iOS e pronto! Você pode baixá-la dentro de poucos dias. Como a Apple faz para evitar os testes exaustivos que todo mundo precisa passar? Ela não evita. Ela precisa passar pelos mesmos passos que fabricantes de Android; a única diferença é que ela faz isso antes de anunciar a atualização.

Ryan Sullivan, da Sprint, explica:
“Não acho que a Apple é necessariamente mais rápida, ela só parece mais rápida porque quando anuncia a atualização, já disponibiliza-a. Muito disso acontece porque eles controlam a plataforma, mas eles têm o mesmo grupo de pessoas trabalhando continuamente na integração da rede para suas 250 operadoras ao redor do mundo. Então, o Google está anunciando o software quando ele está pronto no nível de plataforma apenas, e então permite fabricantes acessarem para fazer a integração de rede. Parece que o processo do Google e do Android é muito maior. Não é. O Google apenas é responsável por metade, e então fabricantes e operadoras fazem o resto do trabalho para ele funcionar em uma rede… eu acho que o ciclo geral de início e fim é relativamente similar entre iOS e Android, a diferença está no ponto em que a atualização é anunciada.”
A Apple tem controle aqui não só por criar o sistema operacional, como também por fazer o hardware. Quanto mais estreito o portfólio de componentes usados, mais fácil adaptar o OS para o hardware existente (e tudo isso é feito internamente). É por isso também que os dispositivos Nexus são os primeiros da fila; o Google trabalha bem perto das suas parceiras para disponibilizar a nova versão do Android, e então trabalha com operadoras para garantir que tudo seja testado e esteja pronto na hora do anúncio. Isso funciona apenas no lançamento, no entanto; dispositivos Nexus mais antigos precisam passar por certificação de operadoras assim como qualquer outra coisa quando uma atualização é lançada.

O bicho-papão

Um monte de teóricos da conspiração chegaram à conclusão de que fabricantes e operadoras deliberadamente atrasam atualizações de softwares para dispositivos antigos para vender mais novos. Claro que nenhuma pessoa admitiu isso, apesar da nossa insistência. Mas o que acontece não é muito diferente.
Novamente, é tudo questão de priorizar recursos. As fabricantes têm tantos funcionários que precisam decidir onde é melhor usá-los. Se definirem que eles trabalharão com a atualização de um hardware antigo e isso fizer eles ficarem bem na fita, eles farão isso, mas é claro que a prioridade é dada a novos aparelhos – os que estão para serem lançados, ou que foram lançados recentemente e onde milhões de dólares estão sendo gastos com propaganda. E como o teste de rede é exaustivo, claro que as operadoras precisam priorizar também, e diferentes operadoras priorizarão de diferentes formas, dependendo da linha de dispositivos oferecidos e o que eles têm para ser lançado.

De acordo com Punit Soni, da Motorola: “Algumas operadoras dizem ‘Esta atualização é realmente importante para nós, então assim que você enviá-la para nós colocaremos em laboratórios e gastaremos todos os nossos recursos nela’. Outras dizem ‘Este é o terceiro ou quarto na nossa lista, então vamos esperar um pouco antes de começar os testes.’”

Como fazer para melhorar?

Existem duas formas de fazer a situação melhorar. No lado dos negócios, fabricantes podem diminuir o número de dispositivos lançados. Parece loucura, mas estamos vendo isso acontecer com a Motorola e HTC. O mercado está inundado de aparelhos com Android que é impossível para consumidores entenderem o que está acontecendo. Ao consolidar o perfil de dispositivos, a Motorola e a HTC conseguem focar em telefones que importam. Então, em teoria, já que eles têm menos aparelhos, os recursos não vão ser tão repartidos quando trabalharem com as atualizações. Menos aparelhos para operadoras testarem ajudaria a agilizar as coisas, também, apesar de que sempre existirão as prioridades, o que vai continuar frustrando usuários.

FONTE:gizmodo
AUTOR:Brent Rose

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Rafael L.

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Rafael L.
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18/06/2013, 15:14:59 via Web

Interessante ver como eles explicam que as interfaces personalizadas como Touchwiz e HTC Sense não interferem tanto como muitas pessoas acham. Cada dia mais mitos são criados na área da tecnologia e é muito bom que existem pessoas que querem espalhar a informação correta. :)

Mas é bom mencionar que salvo em raríssimos casos como o Chrome e o Google Now (este que não entendo o motivo visto que a Google lançou até pra iOS mas não pra Andoid 4.0 pelo menos!), as atualizações não são necessárias para usar os aplicativos que são lançados. Já no caso do Windows Phone a Microsoft deu uma imensa mancada na falta de atualização do WP 7, quero dizer, teve para WP 7.8 mas muitos aplicativos novos e atualizações de aplicativos existentes só estão sendo lançados para o WP 8.
Podem haver milhões de dispositivos no Android 2.3, mas todos eles têm acesso aos aplicativos que são lançados diariamente.

Essa coisa de colocar a culpa nas operadoras não faz sentido pra mim. Sim, elas atrasam bastante as atualizações, e com razão pois precisam entregar uma experiência sem bugs aos consumidores, mas não é tanto assim! O caso parece diferente no Brasil, mas nos EUA os aparelhos comprados no mercado aberto não recebem atualizações muito mais cedo do que os usuários de operadoras. Se são as operadoras as grandes culpadas, por que os aparelhos do mercado aberto não recebem atualizações mais rapidamente? Pois ainda assim levam uns 6 meses e isso sem considerar o tempo que demora a ser distribuída além da primeira região/país em que a atualização é liberada.

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18/06/2013, 21:31:46 via Web

a questão das atualizações pra mim é muito simple, me responde , pra que eu vou atualizar um aparelho antigo se posso lançar um "novo" aparelho atualizado?
tudo é questão de vendas e lucros, se eles atualizam, a tendencia é de as pessoas ficarem no minimo 2 a 3 anos com o aparelho , e o objetivo deles é que se troque de aparelho todo o ano, o que não seria necessário se tivessemos as benditas atualizações.por isso, tem esse "acordo" não oficial, onde quem atualiza aparelhos mais velhos são os desenvolvedores, isentando assim do fabricante um custo e uma responsabilidade caso algo dê errado.

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Rafael L.
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19/06/2013, 19:20:43 via Web

Sim, o ponto do artigo é tentar colocar a maior parte da culpa nas operadoras e com isso até ignoram completamente os aparelhos desbloqueados, mas pensando logicamente nós sabemos que as fabricantes são as únicas culpadas.

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19/06/2013, 19:30:55 via Web

na verdade , eu penso que o artigo quer mostrar todo o processo de atualização, e não do porque os fabricantes atualizam ou não os aparelho, nesse ponto de vista, ele tem coerençia.

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19/06/2013, 19:39:56 via Web

É, a demora *quando a atualização existe*.

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19/06/2013, 19:51:19 via Web

Rafael L.
É, a demora *quando a atualização existe*.
agora falou tudo, :grin:
a google lança , o fabricante lança, mas a operadora não é obrigada a lançar essa atualização, e é ai que dá as queixas, mas o pessoal não vê direito isso.por isso temos varios donos de uma mesmo aparelho , uns com atualização e outros sem, e é por isso que eu incentivo á todos a fazerem manualmente a atualização, a não esperarem pela operadora.

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19/06/2013, 19:54:16 via Web

Ah, estou falando da situação em que a Google lança mas o fabricante não lança nada então a operadora nem tem nada pra aprovar ou não.

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19/06/2013, 20:02:02 via Web

Rafael L.
Ah, estou falando da situação em que a Google lança mas o fabricante não lança nada então a operadora nem tem nada pra aprovar ou não.
essa parte só ocorre praticamente para os low-hand, aparelho medios e tops, quase todos estão sendo atualizados pelas fabricantes.principalmente a samsung.e era dessa parte que eu me referia.

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Rafael L.
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19/06/2013, 20:30:34 via Web

Mas a Samsung ainda vende o S2 e o S3, são casos à parte, e nós já sabemos que não passará de Android 4.1.2 para o primeiro por exemplo.
A HTC deve largar todos em ordem cronológica (S, X, X+) até o Butterfly também no 4.1.2 ou 4.2, os mais antigos já pararam no 4.0.
A Sony vai muito provavelmente deixar o Xperia S no 4.1.2... E etc...

Nem citei modelos mid-range...

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19/06/2013, 21:12:30 via Web

no caso especifico da samsung, o s2 e s2lite vão ter o 4.2.2 o s3 vai ter o 4.3 talvez o 5, as outras fabricantes sim, meio que largaram de mão atualizações.

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Eduardo Tavares
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09/12/2013, 20:12:23 via Web

Tens razão, mas a fabricante de determinado modelo pode perder clientes caso não faça atualizações ou demore a fazê-las. Os clintes podem ficar descontentes com a demora ou a não atualização de um modelo e acabar por trocar de marca. A menos que haja grande diferença entre aparelhos de uma determinada linha (LG G2 para Optimus G) dois ou três anos é um bom tempo para ficar e usufruir um bom smartphone.

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Ana Pereira
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01/12/2014, 16:48:05 via Web

:):):):):)

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