3 curiosidades sobre o novo Snapdragon SiP1 do Zenfone Max Shot

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© nextpit por Stella Dauer

O Zenfone Max Shot foi lançado no Brasil ontem (14/03), e traz uma novidade interessante e exclusiva para o mercado, o SiP 1. Se trata da plataforma capaz de unificar os componentes que eram soldados separadamente no padrão anterior, o SoC, o que tornará o processo de fabricação mais simples, permitindo reduzir custos e abrir portas para novas tecnologias.

Do Brasil para o mundo

Em 2020, o Brasil, mais precisamente a cidade de Jaguariúna, em São Paulo, ganhará a primeira fábrica da Qualcomm que produzirá semicondutores localmente. Assim, o país entrará de vez no mapa dos países que são capazes de fabricar semicondutores de alta frequência, tirando o Brasil da posição de consumidor para "produtor".

A empreitada acontecerá pelas mãos da Qualcomm em parceria com a USI, e espera-se que sejam criados entre 800 e 1 mil vagas de emprego com investimentos que devem chegar a 200 milhões de dólares em cinco anos, segundo Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm para América Latina. A fábrica será a primeira a produzir o SiP no mundo, que deve receber versões sucessoras nos próximos anos.

“Semicondutores dentro dos aparelhos eletrônicos têm valor importante, e o Brasil deixará de ser um simples consumidor” - Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm para América Latina.

A Asus é a primeira empresa a apostar na tecnologia, sendo o Zenfone Max Shot o primeiro smartphone no mundo a contar com a nova plataforma da Qualcomm.

SiP 1 é intermediário?

A primeira coisa que você deve ter em mente é que o SiP não é um processador, mas sim a plataforma onde todos os componentes essenciais para o funcionamento do smartphone estão presentes. O processador é um desses componentes e, segundo Marcel Campos, diretor global de marketing mobile da Asus, não há uma classificação exata para o mesmo no mercado mas, se houvesse uma categoria de processadores para compará-lo, o chip presente no SiP seria equivalente a um Snapdragon 500.

Outra questão aqui é a GPU do processador, a Adreno 506, que não condiz muito com a placa gráfica presente em modelos Snapdragon 400, por exemplo, mas sim da classe 600. Por isso, devemos olhar para o processador do SiP como um chipset intermediário de alta performance gráfica, capaz de rodar títulos mais exigentes e animações do sistema sem muitos problemas.

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Coletiva de imprensa do Max Shot com Marcel Campos, ao centro, e Rafael Steinhauser, da Qualcomm, à direita / © NextPit

5G e IoT

Além de estar presente em smartphones no futuro, o SiP será capaz de colocar o Brasil no mapa da Internet das Coisas. O semicondutor mais eficiente poderá ser colocado em smartphones e em produtos inteligentes, como o Google Home, o Amazon Echo, setup-boxes e outros eletroeletrônicos do tipo. O usuário não ficará refém de uma única marca para conseguir criar um ecossistema inteligente em casa (Smart Home), por exemplo.

Vale lembrar que a Amazon abriu os testes para a Alexa no Brasil, e os participantes selecionados pela empresa receberão um Echo em casa para colaborar com o desenvolvimento do software. Daí tiramos um forte indício do início dessa era de IoT no Brasil, que se tornará ainda mais viável com o SiP no futuro. Será a Amazon a próxima grande parceira da Qualcomm? Não sabemos.

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Todos os componentes presentes no módulo SiP  / © NextPit

O tamanho otimizado em relação aos componentes do módulo SiP permitirá que o mesmo seja aproveitado não apenas em produtos voltados para Smart Home, por exemplo, mas também fará com que as empresas possam apostar em novas tecnologias que irão surgir no país nos próximos anos, como o 5G. A Qualcomm diz que compra a "briga da chegada do 5G no Brasil como foi a conquista da eletricidade pela sociedade".

O fato é que, se o SiP vingar, novas marcas conseguirão chegar ao Brasil e reduzir o custo da fabricação de seus equipamentos, enquanto os smartphones a que teremos acesso serão mais leves, compactos e modernos. 

O que você acha da ideia do SiP? Gostou do Max Shot?

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Bruno Salutes

Bruno Salutes
Editor

Apaixonado por dispositivos Android e uma boa xícara de café.

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16 Comentários
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  • 9
    Bruno Alexandre 19/03/2019 Link para o comentário

    O sip1 é um processador básico com preço de intermediário... não compensa enquanto não baixar o preço


  • Rogerio Droid Tec 47
    Rogerio Droid Tec 18/03/2019 Link para o comentário

    isso futuramente pode ficar muito interessante, principalmente pq ja vem tudo montado e testadinho pela qualcomm, e outra... agora nao vai ter desculpra pra nao ter uma bateria melhor.


  • Nivaldo Cavalcante 39
    Nivaldo Cavalcante 15/03/2019 Link para o comentário

    Deve esquentar horrores, fritar um ovo quando tiver jogando PUBG.


    • 1
      Luiz Fernando 23/09/2019 Link para o comentário

      tenho o Max Plus M2 e ele não esquenta não... a bateria dura muuito, eu consigo ficar até 2 dias sem carregar o celular usando ele para redes sociais, fotos e internet ( Google Chrome)


  • Jofran Martins 20
    Jofran Martins 15/03/2019 Link para o comentário

    Na verdade acho meio inútil, já que não vai diminuir o tamanho dos smartphones tijolões, que é tendência atual!
    Acho até que vai gerar problemas de superaquecimento.


  • Jofran Martins 20
    Jofran Martins 15/03/2019 Link para o comentário

    Quero saber se esse SIP esquenta, já que tá tudo embutido lá dentro!


  • 33
    Pedro 15/03/2019 Link para o comentário

    E pensar que um dia nós quase tivemos uma fabrica da Intel aqui mas nossos malditos canalhas e corruptos políticos foram de uma incompetência absurda e perdemos para Costa Rica, tomara que a Qualcomm siga firme e que prospere no nosso massacrado país.


  • 63
    José Luís Silva Martiniano 15/03/2019 Link para o comentário

    É uma boa iniciativa, para redução de custos e espera-se que chegue a modelos da série 800.


    • 36
      Jonscravit 15/03/2019 Link para o comentário

      é o inicio, como diz ali ja devem fabricar novas tecnologias incluso 5G, em breve deve chegar Snap mais potentes, devido ao menor custo de fabricação


  • Bruno Rolak 7
    Bruno Rolak 14/03/2019 Link para o comentário

    Obrigado pela matéria, o que sinto em relação a isso é uma iphonizaçao dos componentes, e de forma alguma isso é ruim, se outras empresas aderirem ao sistema se forma menos fragmentado e mais simples de se criar coisas com esse hardware uma vez que os drives são padrão em tudo, imagino que daqui 5 anos, os SiPs sejam presentes em vários coisas barateando o custo de produção uma vez que empresas não terão que se preocupar em usar vários chips e componentes e criar conexão entre todos.

    Antonio A. B. Boaretto


    • 36
      Jonscravit 15/03/2019 Link para o comentário

      " o que sinto em relação a isso é uma iphonizaçao dos componentes, e de forma alguma isso é ruim"
      baixar custos e preços é bom para quem?


  • Phelipe B. 67
    Phelipe B. 14/03/2019 Link para o comentário

    Muito interessante. Estando tudo integrado em um chip, creio que o processo de fabricação do produto final seja mais barato.

    JonscravitAntonio A. B. Boaretto


  • David CD 80
    David CD 14/03/2019 Link para o comentário

    Gostei dessa nova proposta. Uma pena que esses novos zenfones com esse novo processador está muito caro e não compensa pelo que oferece em especificações. Mais uma vez a intenção foi boa, só que esqueceu que o preço é o fundamental.


  • Antonio A. B. Boaretto 18
    Antonio A. B. Boaretto 14/03/2019 Link para o comentário

    Gostei da novidade e quero saber se este tipo de equipamento (Sip) será usado em smartphones e demais devices mais sofisticados ?
    Parabéns para a Qualquem, USI e a Asus pela inovação e por terem escolhido o nosso país para a instalação da fábrica, que além do conhecimento, pesquisa e criação de muitos empregos, trará visibalidade ao Brasil pela inovação e pela possibilidade de vir a exportar tecnologia .


    • Stella Dauer 49
      Stella Dauer 14/03/2019 Link para o comentário

      Antonio, a ideia é levar para aparelhos mais sofisticados sim, embora não haja nenhuma previsão para isso.

      JonscravitAntonio A. B. Boaretto


      • 36
        Jonscravit 15/03/2019 Link para o comentário

        Se baixar em apenas 5% do total da fabricação, rapidamente todos vão aderir, esperemos que placas de Tv e outros aparelhos sigam a mesma ideia

        Antonio A. B. Boaretto

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