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04/02/2013, 06:51:24 via Web
04/02/2013 06:51:24 via Web
E realmente foi paixão, depois flerte. Em seguida, a conquista. Mas a convivência mostrou que todo aquele furor não passou de expectativas e o desgaste da relação trouxe amarguras até o seu término libertador. Mas sejamos justos: nota 10 para o telefone em si, que é realmente um primor de tecnologia e experiência de uso. Design e tela incríveis, cores vibrantes, preto profundo, fotos sensacionais e toque muito suave, isso sem contar a rapidez e ausência quase total de travamentos, que fazem os profissionais da equipe responsável merecedores de elogios até o fim de suas vidas. Mas, depois de certa idade, assim como nas amizades e amores, passamos a dar mais atenção ao que vai dentro, a uma boa conversa e convivência e é aí que começa o drama.
Deixando a inspiração poética de lado , posso dizer que a experiência de um Windows Phone se mostrou um tanto frustrante para um antigo usuário dos sistemas portáteis da Microsoft, muito devido à claustrofobia reinante nessa nova versão. Começando pela interface única, que não se pode mudar nem por um decreto. A idéia de tiles é bacana para certas pessoas, mas não dar a possibilidade de mudar essa forma torna o smart praticamente intragrável para o restante delas. Em seguida, vem o travamento mal explicado do bluetooth, que te faz parecer tristemente antissocial quando amigos estão compartilhando coisas legais ou mesmo importantes com todos, menos você, só porque a Microsoft achou que "este ser rebelde que és" promoveria a pirataria através dele. Utilizei “mal- explicado” porque, mesmo com essa limitação, você pode colocar o que quiser no celular, desde que use o Zune, que curiosamente não tem nenhum filtro anti-piracy, se esse era mesmo o objetivo da medida. Aliás, falando em relação ao Zune, poderia usar lerdeza e anti-intuitivade como seus sinônimos, pois tudo nele demora, mesmo para um informata calejado, seja para aprender a usá-lo ou mesmo para simplesmente para passar arquivos de mídia e outras coisas. Não sei se a idéia era copiar uma “certa fórmula que deu ‘certo’”, mas essa não ficou legal, não. Usar o celular como pendrive como antes então, nem pensar! Tudo pelo glorioso caminho zuníaco! Outro desapontamento é o tal do Marketplace, que, mesmo em franco crescimento, não dispõe ainda de coisas realmente úteis na prática. Talvez não seja nem culpa dele próprio ou dos desenvolvedores, pois só se pode trabalhar ali respeitando as características do sistema, que não contribuem muito para a alegria de viver ao seu lado. Falaria sobre a falta do slot para cartão de memória, mas como sua ausência tem consequências óbvias e a Microsoft parece ter se redmido desse pecado no WP8, não vou entrar no assunto. Também não falarei do multi-task mal resolvido, pois somente usando para saber como é sofrível.
Pode ser que o WP 7.5 tenha sido pensado para um certo perfil de pessoas. Mas, para os novos consumidores desse tipo de tecnologia e para os antigos adeptos do bom e velho Windows Mobile, que esperavam ansiosamente este lançamento, foram cortadas muitas das partes boas desse sistema, perfazendo quase uma traição que ainda causará certos receios em adquirir futuros produtos da empresa de Redmond, pois não se sabe ao certo como ela tratará as necessidades dos seus “affaires” no futuro. Pelo que corre na internet, o WP 7.8 e o WP8 terão algumas diferenciações, mas parece que não haverá mudanças exatamente no quê e no quanto elas são necessárias.
Com boa vontade, entrei em contato com a Microsoft para informar minhas experiências no intuito de ajudar quem sempre me ajudou, mesmo sem saber, e fui muito bem atendido por sinal. Mas, como era de se esperar, o responsável pela equipe de desenvolvimento do Windows Phone na época informou que iria levar meus apontamentos em consideração para futuras idéias...
Assim após um ano e alguns dias de relação, o amor próprio me fez dar um basta nesse sofrimento. Agora, com um dispositivo androidiano, sinto a liberdade fluir no dia a dia como sempre quis. Confesso que ainda admiro o Omnia W em si e, por tabela, a Samsung. O aparelho é magnífico, durável, sofisticado. Mas sua “personalidade” (leia-se SO) não faz bem para o passar dos dias tupiniquins, nem para uma relação mais profunda e duradoura. Mesmo.
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